Se você já se aprofundou um pouquinho mais em SEO, é bem provável que tenha ouvido falar na famosa canonical tag.
Essa tag é frequentemente mencionada entre a comunidade de SEOs, sendo considerada como um sinal importante nas páginas.
Mas afinal, o que é uma canonical tag? Como checar ela? E, o mais importante, qual é a forma certa de implementação?
Neste artigo pretendo passar por todos esses pontos e mais algumas dicas importantes ao lidar com esse sinal.
Confira!
O que é Canonical Tag?
A palavra deriva de canon, muito utilizada em materiais de ficção como Star Wars, para referenciar os materiais (livros, filmes e séries) que podem ser considerados como sendo oficiais da saga.
Beleza, mas o que isso tem a ver com SEO?
Para falar a verdade, tudo!
A canonical tag ou canonical link attribute, é uma marcação no código HTML das páginas que indica exatamente qual é a URL oficial sobre determinado conteúdo.
Sua implementação é feita por um atributo HTML utilizado na tag de <link>, dessa forma:
<link rel=”canonical” scr=”exemplo.com.br”>
Seu propósito é puramente técnico, para ajudar os algoritmos de busca – como Google e Bing – a entender qual conteúdo deve ser considerado como a versão a ser ranqueada nos resultados de busca.
Mas por que usar isso? Já não crio conteúdos sempre “oficiais”?
Sim! Naturalmente quando criamos um conteúdo queremos que seja a versão ranqueada pelpo Google.
O que acontece é que em muitos casos, principalmente em sites mais antigos, podem existir dois ou mais conteúdos falando sobre exatamente o mesmo tema, o que confunde o Google quanto a qual das versões ele deve priorizar.
Além disso, outros tipos de implementação como os próprios filtros de e-commerces podem ser um problema sem a canonical tag, pois em muitos casos eles alteram a URL, causando uma potencial duplicação de conteúdo ou canonização, por exemplo:
- exemplo.com.br/olamundo
- exemplo.com.br/olamundo?filtro:2
Também é comum encontrar sites com páginas muito similares, até iguais, como as páginas de tags e categorias, que também confundem o Google!
Sabemos que deixar o Google confuso não é uma boa, não é mesmo?
Esses erros de canonização podem se acumular e impactar o ranqueamento das páginas nos resultados de busca.
Sem falar que essas páginas podem gerar problemas de conteúdo duplicado, que impactam ainda mais nos rankings.
Como tratar essas URLs então? Em muitos casos simplesmente retirá-las do site não é uma solução viável.
É aí que entra a canonical tag!
A marcação é uma salvadora para lidar com esse tipo de problema, pois você indica ao Google exatamente qual é o conteúdo original sobre a palavra-chave explorada.
Nota: vale ressaltar que o Google considera diversos outros sinais e, apesar de a canonical ser um forte indicativo de que aquele conteúdo é original, ele pode ignorá-la, caso ache outro sinal mais relevante, como redirect 301 (vou falar mais sobre jaja).
É importante ressaltar aqui também que não é porque você tem várias páginas diferentes sobre um mesmo tema que deve escolher apenas uma delas como original, isso é comum e, fundamental, inclusive.
Mas, por exemplo, se você tem duas páginas diferentes que competem para a mesma palavras-chave, aí sim é importante entender qual delas seria mais relevante e poderia ser considerada como original.
Mas afinal, como usar a canonical tag?
O ideal é que a tag esteja presente em todas as páginas de seu site. A implementação é muito simples e deve ser feita dentro da tag <head> das páginas, da seguinte forma:
<head>
.
.
.
<link rel=”canonical”
href=”exemplodaurlcanonica.
com.br” />
.
.
.
</head>
E quando digo em todas, são todas mesmo, inclusive as páginas que você não considera como originais, especialmente nelas.
Basta indicar nas páginas que não considera como oficiais, qual seria a URL original dentro do “href=” e, na página oficial, indicar ela mesma como canonical!
Nota: se você usa wordpress, pode alterar a canonical de cada página facilmente através dos plugins Rank Math ou Yoast SEO.
Como checar se a canonical está correta, referenciando outra página ou inexistente?
Há várias formas de checar a canonical de uma página, vou passar pelas principais delas e mais fáceis de fazer também:
- Manualmente: você pode ir na pagina que deseja verificar a canonical, pressionar as teclas Ctrl + U, após, pressionar Ctrl + F e pesquisar “Canonical” para ver se a URL da página é a mesma indicada na canonical
- Através de uma extensão: há várias extensões do chrome que permitem a checagem da canonical de forma mais rápida e prática do que ver manualmente. Um que recomendo bastante é a SEO Pro Extension ou SEO META in 1 CLICK. Basta instalar elas e clicar na página que deseja ver:
- Pelo Google Search Console: o Google search console é uma das melhores ferramentas para indicar quando há algum problemas maior com a canonical. Por meio dele é possível verificar a canonical de duas formas:
- Ferramenta de inspeção de URL: a vantagem de olhar por aqui é que você pode ver exatamente qual URL está sendo considerada como a canonica pelo próprio Google. Para utilizá-la basta pesquisar pela URL que deseja checar e acessar a aba “Cobertura”:
- Relatório de cobertura: aqui você pode ver se há erros de canonical mais gerais no site. É possível entender se o Google considerou uma canonical diferente da qual você definiu e quais páginas tiveram esse problema, por exemplo (como eu disse, a canonical é apenas um sinal, que pode ou não ser levado em consideração pelo Google.)
- Pelo Screaming frog: o screaming frog é uma das melhores ferramentas para checar esse tipo de problema em todas as páginas de seu website. Por meio dele você pode ver em detalhes exatamente quais páginas do site estão com canonical para outra URL, quais não tem canonical, quais estão com a canonical para elas mesmas e várias outras informações…
Diferença entre canonical e redirect 301
Primeiro de tudo, uma das maiores diferenças visuais é que o usuário não pode acessar uma página com redirect 301, pois ele é direcionado a outra página.
Já uma página com a canonical referenciando uma URL alternativa pode ser visitada pelo usuário.
Então se você tem uma página que pretende compartilhar com os usuários em outras fontes, como social, ou que ainda tem alguma utilidade no site, mas que não quer indexá-la, a canonical e meta robots noindex podem ser boas alternativas para o redirect 301.
Para quem não sabe, Redirect 301 consiste em um redirecionamento feito de uma página para outra, que transfere toda a autoridade da página redirecionada para a de destino.
Ele é muito utilizado para mudança de URLs, por exemplo, quando você mantém um mesmo conteúdo e deseja manter sua autoridade, mas precisa fazer uma migração de site ou, simplesmente, alterar sua URL.
A diferença de ambos para o Google é que o redirect 301 “diz” para o Google o seguinte:
“Essa página foi movida permanentemente. Você deve removê-la dos resultados de busca e passar toda sua autoridade para a URL de destino do redirect.”
Já a Canonical “diz” para o Google:
“Há várias versões de páginas para esse conteúdo, mas indico a versão original como sendo essa e é ela que deve aparecer no resultados de pesquisa. As outras versões continuarão no site, mas não devem ser indexadas.”
5 dicas para usar a canonical tag corretamente!
1. Sempre cheque qual dos conteúdos já está ranqueado no Google antes de canonizar um deles. Dê preferência por usar como versão original aquele que já está bem posicionado no Google e complemente seu conteúdo caso necessário.
2. Não use o redirect 301 + canonical, escolha entre um ou outro!
3. Produza conteúdos completos sobre um assunto e foque em otimizações periódicas dos mesmos, para evitar muitos conteúdos competindo para um mesmo termo no Google.
4. Utilize apenas um link rel=”canonical” na página inteira!
5. Aproveite o recurso para potencializar páginas que estão se canibalizando para um mesmo termo nos resultados de busca
Agora que você sabe o que é a canonical e como utilizá-la, não hesite em pesquisar mais sobre, começar a aplicá-la em suas páginas e checar se há algum problema nessa frente de SEO.
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